A VISÃO DO DOCENTE


              Educação é um direito de todos, mas quando  nos referimos à inclusão escolar, parece que estamos falando de um único fenômeno, conhecido por todos e que possui um único significado.
            A visão do professor em relação ao aluno surdo exibe ideias preconcebidas ou concepções equivocadas a respeito da surdez, muitas vezes atribuindo ao aluno imagens depreciativas, ainda mais se ele for um aluno surdo que oraliza. Essa imagem se reflete na própria postura do professor frente a suas ações em relação ao aluno.
             Segundo LACERDA (2000, Apud FREIRE, 2001)[1], quando se incluem alunos surdos no ensino regular e/ou superior é "necessário garantir a sua possibilidade de acesso aos conhecimentos que estão sendo trabalhados, além do respeito pela sua condição sócio-lingüística e por seu modo peculiar de funcionamento". SKLIAR (1997)[2], diz que: "muitas escolas que trabalham com pessoas surdas continuam adestrando ou cultivando os surdos em suas salas de aula sem pensar na educação”.
            Os professores sabem da existência desse aluno, mas volta-se a questão da formação, ou seja, não estão preparados para lidar com eles em sala, então eles acabam sendo os alunos excluídos dentro da inclusão.
Muitos professores sejam universitários ou de educação infantil e/ou ensino fundamental eles veem o aluno surdo, como um aluno normal, não consideram as características e as especificidades  do aluno surdo.
Enfim,  embora façam um discurso de que os alunos surdos têm todas as condições de serem incluídos, na prática, eles são tratados como excluídos, pois se exige menos do aluno surdo. Assim, ainda que pareçam defender uma possibilidade de inclusão dos alunos surdos, na prática, a atitude dos professores em desde a Educação Básica ao Ensino Superior em relação ao aluno surdo é de exclusão, apesar do discurso ser outro.




[1] FREIRE, Sofia. Escola Inclusiva: Percursos para a sua concretização. [s.l.]. 2001. Disponível em: . Acessado em: 25/10/12.

[2] Skliar, C. Uma perspectiva sócio-histórica sobre a psicologia e a educação dos surdos. Em: C. Skliar (org.), Educação e exclusão: abordagens sócio-antropológicas em educação especial. (pp. 105-153). Porto Alegre: Mediação, 1997.

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