De acordo com a Federação Nacional de Educação Integração dos Surdos (FENEIS), a história da educação de surdos no Brasil teve início em 26 de setembro de 1857, com a criação do Instituto de Surdos-Mudos, que hoje é o atual Instituto Nacional de Educação de surdos (INES). A instituição foi fundada pelo professor surdo francês Ernet Hwet, que veio ao Brasil a convite do Imperador D. Pedro II para trabalhar na educação de surdos. No início, eles eram educados por linguagem escrita, articulada e falada, datilogia e sinais. A matéria "Leitura sobre os Lábios" estaria voltada apenas para aqueles que demonstrassem habilidades em desenvolver a linguagem oral. Deste modo se deu o primeiro contato com a Língua de Sinais Francesa trazida por Hwet e a língua dos sinais utilizada pelos alunos. É importante lembrar que naquele tempo, o trabalho de oralização era feito pelos professores comuns, não havia os especialistas.
Por volta de 1897, a educação brasileira sofria forte influência da Europa. Assim, em 1911, o Instituto Nacional de Surdos (INES) passou a seguir a tendência mundial, utilizando o oralismo puro em suas salas de aula. Contudo, o uso dos sinais continua até 1957, ocasião em que a proibição é dada como oficial.
Na década de setenta chega ao Brasil a Comunicação Total, após a visita de uma professora de surdos à Universidade Gallaudet, nos Estados Unidos. Na década de oitenta, são iniciadas as discussões acerca do bilingüismo no Brasil. Lingüistas brasileiros começaram a se interessar pelo estudo da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) e da sua contribuição para a educação do surdo. Entretanto, no ano de 1986 a direção do Instituto Nacional de Educação de Surdos, sob a luz dos efeitos dessa nova era, iniciou o projeto de pesquisa PAE (Projeto de Alternativas Educacionais), um trabalho de implementação da Comunicação Total em grupos de alunos ali matriculados. Entretanto esta perspectiva não tomou corpo e a Língua Brasileira de Sinais foi legalmente reconhecida, em abril de 2002
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